História em quadrinhos nas férias!

Férias é o momento de descansar dos estudos, relaxar, se divertir, certo? Mas quem disse que não dá pra fazer tudo isso e ainda aprender conteúdos importantes que podem te ajudar, inclusive, em avaliações como a do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)? 
A maioria das crianças e adolescentes gosta de ler revistas em quadrinhos, mas o que muitos não sabem é que esse formato mais lúdico e interativo de leitura também pode ser uma importante fonte de aprendizado. Os quadrinhos são um excelente jeito de aprender coisas novas de forma divertida, por isso utilizar esses materiais de forma pedagógica ajuda no rendimento dos jovens estudantes na escola e possibilita um melhor desempenho no processo de ensino e aprendizagem.
As histórias em quadrinhos (HQs) fazem parte do cotidiano de crianças e jovens e para muitos são a primeira aproximação com a leitura. As histórias da Turma da Mônica, por exemplo, acompanharam a infância de muitas pessoas e até hoje são um grande sucesso no Brasil. E não podemos falar de quadrinhos sem citar os famosos super-heróis da Marvel e da DC Comics, como Homem-Aranha, X-Men, Capitão América, Batman e Superman. O estilo de leitura atrai a atenção dos jovens pela linguagem contemporânea e a dinâmica dos desenhos com os diálogos e as narrações das histórias.
Muitas HQs, além de divertirem também ensinam diversos assuntos para os jovens, como história, geografia, atualidades, física, biologia e língua portuguesa. Os quadrinhos podem ajudar a aumentar a motivação dos estudantes para conteúdos estudados na escola, além de aguçar a curiosidade e o senso crítico dos leitores.

As tradicionais HQs de heróis podem trazer conteúdos relevantes para o leitor. Isso porque elas são inspiradas em situações reais para seu contexto histórico. Por exemplo, o Capitão América, que é um soldado que luta durante a Segunda Guerra Mundial contra os nazistas. Durante a Guerra Fria – disputa entre as superpotências Estados Unidos e a União Soviética – a Marvel Comics lançou várias histórias de super-heróis como os X-Men, o Hulk e o Quarteto Fantástico. Afinal, embora sejam fictícias e tenham sido criadas apenas para entretenimento, seus criadores se inspiraram na época que viviam.

O primeiro gibi do Quarteto Fantástico, de Stan Lee, foi publicado em novembro de 1961, mesma época em que os EUA e a URSS disputavam a corrida espacial. O próprio surgimento desse grupo de heróis faz alusão à Guerra Fria: no início da história, pouco antes de os quatro futuros heróis viajarem para o espaço, a narração menciona que os EUA estão numa “corrida espacial” com “uma potência estrangeira”. Além disso, o principal inimigo do Quarteto era o Doutor Destino, que governava literalmente com mãos de ferro um pequeno país do Leste Europeu, bem na região onde se concentravam os países do bloco socialista.

O jornalista Joe Sacco é autor de vários livros que chamamos de “jornalismo em quadrinhos”, em que ele apresenta várias histórias sobre o conflito entre israelenses e palestinos. Ele conta os relatos que escuta nas zonas de conflito, com imagens artísticas usando a linguagem das HQs. O canadense Guy Delisle viajou por vários países, como Israel, China, Coreia do Norte e Myanmar, e cada um desses locais inspirou uma HQ, nas quais o artista conta o dia a dia das pessoas, a cultura local e os seus desafios. São regiões pouco conhecidas pela população ocidental, por isso a leitura vale a muito a pena.

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